Com mais de 1,2 milhões de visualizações, a advogada Tatiane Pucharelli Rigolim, de 44 anos, viralizou nas redes sociais ao postar em sua conta no Instagram um emocionante vídeo ao lado de seus dois filhos, reagindo à sua aprovação como Juíza do Trabalho.
Na legenda da publicação, Tatiane conta como foram esses anos de estudo e dedicação: “E hoje veio a consagração de mais de uma década de luta e dedicação diária, buscando algo que no início era um sonho aparentemente impossível. Tantas coisas e pessoas ficaram pelo caminho, tudo em nome desse sonho… me tornar juíza! E hoje esse sonho se realizou e fui aprovada como JUÍZA DO TRABALHO. ”
Residente de Osasco/SP, mãe de dois meninos e divorciada, Tatiane comoveu os internautas com o emocionante vídeo onde ela e os filhos assistem emocionados à divulgação das notas e da tão esperada aprovação.
Mais de uma década de estudos
Em seu perfil no Instagram, Tatiane tem uma amostra de como foram esses longos anos de estudo e dedicação, conciliando a advocacia, os estudos e a maternidade. Em uma de suas publicações, mais precisamente de setembro de 2017, ela mostra o registro de um desses momentos que aparece estudando enquanto seus filhos dormem “Eles dormindo e eu no foco! 2º turno”, escreveu.
Qual a função dos juízes e juízas do trabalho?
As juízas e os juízes do Trabalho de 1º grau são os primeiros responsáveis por analisar e julgar os litígios entre empregados e empregadores que chegam à Justiça do Trabalho. Seguindo o que determinam as normas do Direito trabalhista, os magistrados buscam sempre, inicialmente, alcançar uma solução consensual para o conflito. Na impossibilidade da conciliação, juízas e juízes instruem os processos – ouvindo as partes envolvidas e eventuais testemunhas e solicitando perícias quando necessário – para poderem chegar a uma decisão que consiga resguardar os direitos de trabalhadores e empregadores, buscando sempre o equilíbrio nas relações de trabalho.
Entre outros casos, são julgados pelos juízes do Trabalho na primeira instância ações que envolvem direitos trabalhistas – como reconhecimento de vínculo de emprego, remuneração, férias e décimo terceiro salário, benefícios, justa causa para demissão e verbas rescisórias -, ações civis públicas ajuizadas por sindicatos e pelo Ministério Público do Trabalho, incluindo denúncias ligadas a trabalho análogo à escravidão e trabalho de menores, e ações de indenização por dano moral ou patrimonial, quando decorrentes da relação de trabalho.
Como ingressar na carreira
Para ingressar na carreira e se tornar juiz do Trabalho de 1ª instância, além de atender aos requisitos legais – como ser formado em Direito e ter exercido atividade jurídica por ao menos três anos após a conclusão do curso, possuir idoneidade moral e não registrar antecedentes criminais, entre outros – é necessário ser aprovado em concurso público de provas e títulos.